“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda"

João 15:16

domingo, 8 de janeiro de 2012

Seria “Nada me faltará” ou “O Senhor é o meu Pastor”?

O Senhor é o meu pastor, nada me faltará (Salmos 23:1). Este é considerado o texto mais lido no mundo, uma vez que o livro mais vendido, segundo o Guinness Book é a Bíblia e este salmo é de longe o mais conhecido. Quem nunca entrou em uma casa e encontrou um quadro com esse versículo, ou uma Bíblia aberta neste salmo, mesmo que as pessoas daquela casa não tenham o hábito de ler a Bíblia ou seguir o que lá está escrito. É fácil desprezar o que é mais difícil para nós, como alguns dizem que o ser humano tende a viver pela lei do menor esforço, por isso que a maior ênfase neste salmo em muitas igrejas é o “nada me faltará”, fazendo alusão as conquistas materiais e prosperidade financeira. Pois a parte “O Senhor é o meu Pastor” irá necessariamente estar junto de uma entrega e obediência a Deus.
Como acontecia nos tempos de Jeremias, os escribas mudavam as leis para se beneficiar como podemos ler: “Como pois dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Mas eis que a falsa pena dos escribas a converteu em mentira” (Jeremias 8:8), hoje também pregadores mudam o sentido correto da Palavra do Senhor para colocar em destaque a teologia da prosperidade financeira.
Eu, porém prefiro a explicação técnica do Dr. Rodrigo Silva, apresentador do programa Evidências, o Pós-Doutor em Arqueologia Bíblica pela Andrews University (EUA).

 

 “... aliás, uma breve análise na língua Hebraica, o idioma original desse salmo, nos revela uma interessante surpresa. Quando o texto original diz, Adonair roi, está usando um título para Deus, um pronome de tratamento, uma forma de chamá-lo cujo sentido poderia ser vertido por, Senhor o meu Pastor, e o complemento, nada me faltará, não tem originalmente o sentido de, terei tudo o que desejo, conforme poderia se deduzir a tradução em português, mas sim de, de nada terei falta, ainda que eu não tenha tudo. Seria como aquele provérbio que diz:  não tenho tudo o que amo, mas amo tudo o que tenho e isso me faz mais suprido do que todos os que julgam ter todas as coisas.”

Só para esclarecer, esse provérbio é um provérbio popular e não Bíblico, mas mostra a essência de um coração agradecido por tudo o que Deus provê.
Que o Deus revelado em Israel abra o entendimento dos seus filhos e também para aqueles que ainda não o conhecem.

Texto tirado do vídeo postado no Youtube com o título: (Evidências Vol. I - 10 O Salmo 23)