“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda"

João 15:16

terça-feira, 13 de setembro de 2011

ARREPENDIMENTO E PLENITUDE DO ESPÍRITO


Profª Vanda Ferreira

            É propósito de Deus que todo cristão tenha uma vida plena, cheia do Espírito. A ordem que Jesus deu a seus discípulos, pouco antes de sua ascensão, é muito clara a todos nós: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24.49).
            Satanás tem causado muita confusão em torno dessa doutrina, colocando dúvidas e temores na mente de muitos crentes, tentando impedi-los de compreender o ensino bíblico e dedicar-se à busca de uma vida na plenitude do Espírito. A promessa do Pai (At 1.4) é para todos os filhos e filhas de Deus, tanto que o apóstolo Pedro, pouco depois do Pentecostes afirmeou aos novos convertidos: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o nosso Deus chamar.” (Atos 2.39). A igreja de Cristo, que somos nós, é a receptora privilegiada dessa promessa.
            O arrependimento de nossos pecados precede ao enchimento do Espírito. O escritor J. I. Packer, em seu livro “A Redescoberta da Santidade” define arrependimento como sendo uma verdadeira revolução espiritual, e afirma: “é o reconhecimento real de que se desobedeceu e falhou para com Deus, fazendo o que era errado em vez do que era certo.” Parece mais fácil fingir que está tudo bem e ser iludidos pela mentira de satanás, como ele procedeu com Eva, quando comeu do fruto da árvore que estava no meio do jardim dizendo: “É certo que não morrereis.”(Gn 3.4), quando o próprio Deus havia afirmado no versículo anterior: “Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.” O inimigo tem seduzido e cegado milhares de pessoas, a fim de que entendam exatamente o oposto daquilo que a Bíblia nos ensina em relação ao arrependimento de pecados. Jesus deixou muito claro aos escribas e fariseus, que morreriam em seus pecados, se deles não se arrependessem (Jo 8.24).
            Jesus afirmou que o Espírito Santo viria e nos guiaria a toda verdade (Jo 16.13). e a grande verdade é que precisamos nos humilhar e nos arrepender dos nossos pecados, termos a mente totalmente transformada (Rm 12.2) e mudada em relação à carnalidade. Assim, o Espírito Santo nos encherá e nos transbordará com poder, ousadia, abundância de vida, amor e zelo pelas coisas de Deus. Abramos nosso corações em quebrantamento e fé, e nos tornemos canais da presença visível do Deus vivo e poderoso, na pessoa do bendito Espírito Santo. Amém!!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Igreja gloriosa


“Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. Vigiai, pois não sabeis o dia nem a hora.”

Rev. Osni Ferreira

            Quando lemos a parábola das dez virgens, registrada pelo evangelista Mateus no capítulo 25, olhando do nosso ponto de vista ocidental, esse relato parece mais uma história elaborada. Todavia, Jesus fala de algo que realmente poderia ter acontecido naqueles dias. Na tradição judaica o casamento era um grande acontecimento que podia durar muitos dias. O noivo não tinha hora e nem dia marcados para ir ao encontro da noiva, e esta, acompanhada de suas donzelas, ficava preparada na grande expectativa do momento em que ele viria buscá-la.
            Jesus, o noivo amado, virá buscar a sua noiva, a sua igreja, que são os salvos, lavados e remidos pelo seu sangue. À semelhança da parábola das dez virgens, ninguém sabe o dia e nem a hora em que Ele virá, como está escrito: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso senhor.” (Mateus 25.42). Uma coisa nós temos absoluta certeza: Ele virá. E sua volta pode ser iminente!
            Como igreja, não estar preparado para aquele grande dia pode significar uma grande tragédia; pode significar morte eterna, separação de Deus para sempre. Certamente todos têm o grande desejo de fazer parte das “Bodas do Cordeiro” e ninguém quer ser deixado para trás. O que garante a entrada para a grande festa? A Bíblia é enfática e clara quando fala das vestes nupciais, ou seja, a maneira como os salvos devem ser e estar no aguardo do noivo Jesus Cristo. O apóstolo Paulo, escrevendo aos cristãos de Éfeso, os adverte que a igreja deve ser santificada e pura, para apresentar-se ao noivo como “igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém, santa e sem defeito.” (Efésios 5.27). Santa e sem defeito! Separada do mundo; que faz a diferença como sal e luz da terra; santa, ou seja, com seus pecados arrependidos e confessados; santa em sua maneira de viver, de modo que o mundo seja atraído pelo brilho de sua pureza, e deseje sua santidade; santa por causa da presença do óleo, o Espírito Santo, que a faz totalmente diferente de qualquer outra organização ou entidade sobre a face da terra; santa porque Ele pagou o preço altíssimo entregando-se por ela na cruz do Calvário; santa e gloriosa por causa de sua beleza e pureza que emanam do Noivo Amado.
            Que as coisas deste mundo não nos façam perder o foco e nem tirem de nosso coração o padrão almejado por Jesus Cristo, de que sejamos igreja gloriosa, e que as palavras do sábio rei Salomão ecoem constantemente aos nossos ouvidos: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes, e jamais falte o óleo sobre  a tua cabeça.” (Eclesiastes 9.8). Que assim possamos viver a cada dia, para que ao ressoar o toque da trombeta de Deus, possamos ir ao encontro do Senhor nos ares, a fim de estarmos para sempre com Ele (1º Tessalonicenses 4.16).