“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda"

João 15:16

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

FRIEZA ESPIRITUAL!!!


"Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do teu lugar  o teu candeeiro, caso não te arrependas."
Apocalipse 2.4,5
Profª Vanda Ferreira


A igreja cristã de nossos dias tem sido assolada por alguns males, que estão tentando enfraquecê-la, desviá-la de sua verdadeira essência e missão como nos ensina a bíblia. São algumas pedras que precisam ser removidas da vida de todo salvo.
A frieza espiritual, que podemos definir como indiferença para com as coisas de Deus, tem roubado o verdadeiro significado da vida cristã de muitos filhos e filhas de Deus. A caminhada do dia a dia num mundo tão conturbado, cheio de atrativos e apelos carnais, sob vários aspectos, tem gerado desmotivação na vida de muitos em relação às coisas espirituais. Criou-se uma mentalidade religiosa no coração de tantos outros, de modo que a vida com Deus tem se tornado algo superficial e automático. Quantos apenas freqüentam um culto semanal e parecem estar saciados espiritualmente....Não há tempo para oração, meditação, estar a sós com Jesus, evangelizar o amigo de trabalho ou ouvir um vizinho que está passando por necessidade. Tudo que desejamos como Corpo de Cristo, é que possamos entender e discernir que a vida cristã é muito mais profunda do que determinadas práticas. O ser para Deus vem em primeiro lugar.
            O apego às coisas materiais, o intelectualismo, a auto-suficiência, o bem-estar social, o comodismo,  egoísmo e tantos outros “ismos” vão gerando a frieza espiritual, que por sua vez, vai levar o cristão ao afastamento da comunhão de intimidade com o Senhor. É muito triste perceber que muitas vezes, por motivos pequenos e até banais, um esfriamento espiritual vai sendo gerado no coração do crente e ele/ela nem sente que está se distanciando do que há de mais precioso: o cultivar e viver um relacionamento de amor com o Pai; conhecer e servir a Deus; ser cheio do Espírito Santo; ter prazer na vida de oração, na comunhão com os irmão nos cultos, participar da célula, evangelizar, se alegrar no Senhor. Enfim, acaba perdendo o foco e a essência do que é a verdadeira vida cristã.
            O alerta da Palavra de Deus para sua igreja é: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te...arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não...moverei o teu candeeiro...” (Apocalipse 2.4,5). O conselho de Jesus para a igreja de Éfeso continua sendo o mesmo para a igreja hodierna. Não nos conformemos com a frieza espiritual!!!
Que possamos ouvir e obedecer à voz do Espírito Santo sem titubear.

domingo, 21 de agosto de 2011

REMOVENDO AS PEDRAS.


 Disse Jesus: Tirai a pedra.
João 11.39(a)

Na caminhada da vida nos deparamos com toda sorte de problemas e obstáculos, com os quais temos que lidar, e que exige de nossa parte muita sabedoria e fé Naquele que pode todas as coisas. São as “pedras no meio do caminho”, como diz o controverso poema do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, do início do século passado.
O que pode significar uma pedra em nosso caminho? Quem não conhece a expressão “uma pedra no meu sapato”? Uma pedrinha ou uma enorme pedra podem simbolizar um sério problema que sangra, que dói, machuca ou é impedimento para uma grande realização. Se tomarmos como exemplo as mulheres que foram ao túmulo no domingo de manhã, para embalsamar o corpo de Jesus, a preocupação que tinham, como registra o evangelista Marcos era: “quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?” (Mc 16.3). Aquela pedra era algo que transcendia suas forças físicas e as impediria de realizar o propósito que tinham em seus corações.
O que pode estar por trás de uma pedra?
Olhando para o texto de João 11.39, observamos que Marta ficou apreensiva diante do pedido de Jesus – “tirai a pedra” – e interfere dizendo: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias.” Ela ainda não havia entendido o propósito de Jesus de operar um milagre de ressuscitar seu irmão Lázaro, para que a multidão ali presente pudesse ver a glória de Deus. Certamente há muitas pedras a serem removidas no caminho de cada um de nós. E antes das pedras terrenas, que são problemas físicos e palpáveis, desejamos que cada irmão e irmã compreenda que há uma pedra enorme espiritual, denominada PECADO, que é a origem de todos os males, dores, problemas, e que precisa ser urgentemente removida da vida de cada filho e filha de Deus. Essa “pedra” corrói como um câncer, exala um odor fétido e insuportável que não permite ninguém se aproximar; ela gera medo, dor, vergonha, embaraço, e por fim leva à morte eterna.
A começar com a pedra chamada pecado, da qual derivam tantas outras pedras perniciosas como o desânimo, incredulidade, mundanismo, enfermidades, frieza espiritual, falta de perdão, comodismo....nosso desejo e oração é que o Espírito Santo venha removê-las, extirpá-las totalmente de nossas vidas mediante o quebrantamento e arrependimento de pecados. E vejamos o que nunca vimos, experimentemos o que nunca experimentamos e o Senhor faça algo novo e traga sobre nós o genuíno e verdadeiro avivamento.
Aleluia!!!!
Rev. Osni Ferreira

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vida com Deus


Vida abundante é uma vida que transborda para todos os lados, que sempre está sobrando e que alcança todos que estão a sua volta, assim como a lâmpada que se acende e coloca no velador para que ilumine a todos que estão na casa (Mt 5.15). Jesus abriu mão da sua glória, esvaziou-se da sua glória, limitou-se a ser um homem que nasceu para aquele dia que tinha que morrer. Na cruz ficou em estado de plena humilhação, mesmo sendo a fonte inesgotável de todas as águas, se limitou ao ponto de dizer:  “tenho sede”. Tudo isso para que tivéssemos vida e vida em abundancia. Antes de tudo isso estávamos mortos espiritualmente, mas Deus com sua infinita misericórdia nos enviou o Espírito Santo que entrou em nossas vidas e nos trouxe de volta o fôlego de vida, que é Deus em nós. Muitas pessoas não têm noção da vida que Deus preparou para cada um de nós, por isso muitos vivem de qualquer maneira. Não devemos nos acostumar a viver nossas vidas sem esperar a cada dia algo melhor, pois é isso que Deus tem para nós uma vida abundante, uma vida melhor a cada dia
Observamos no texto de João 10.10 que Jesus traça um paralelo entre o “ladrão” (satanás) e Ele próprio (o filho de Deus). Jesus nos diz aqui que satanás quer “roubar a nossa salvação e a nossa esperança”; quer também “matar nossa relação de intimidade com Deus sugerindo caminhos mais fáceis de seguir, mas que no final são caminhos de morte” ; e ainda “destruir nossa herança da vida eterna nos braços do Pai.”
Assim, quando Jesus nos diz que veio para termos vida, e vida em abundância, podemos entender claramente que Ele fala da vida que Ele mesmo conquistou para nós na cruz, e nos dá pela graça mediante a fé, repleta de amor e justiça da parte de Deus. Uma vida plena de satisfação e do conhecimento de Deus; uma vida de comunhão íntima com Deus e livre do pecado; uma vida vitoriosa e que se satisfaz na prática do bem.

Que Deus nos dê vida abundante na sua presença, todos os dias, até a eternidade quando viveremos a plenitude da vida que há em Deus.
Deus nos abeçõe, em nome de Jesus Cristo!!!

Flavio Ayres

sábado, 13 de agosto de 2011

LEVANTE-SE E MARCHE!

O contexto do versículo em epígrafe, trás a memoria as dificuldades enfrentadas pelos filhos de Deus no Antigo Testamento, os Israelitas na saída do cativeiro egípcio. Talvez alguém possa dizer: “que destino”, sair do cativeiro e serem encurralados em um vale, com montanhas a direita e a esquerda, diante o mar vermelho e atrás o grandioso e potente Exército Egípicio. A situação foi tremenda, causa de angustia e desespero. Situação incontrolável aos olhos humanos, sem saída configurável, real, ascessível, sem esperança e profunda revolta. Todavia, e curiosamente, segundo o contexto, parece-nos que Moisés estava, apesar de total convicção no Poder de Deus, um pouco inseguro, o que se vê na repreensão de Deus, dizendo: “Por que clamas a mim?”. Entendo que neste questionamento, Deus estava dizendo a Moisés algo que também nós precisamos entender e compreender, isto é, que tão logo tenhamos consciência e convicção da vontade de Deus em nossas vidas, precisamos Levantar e Marchar. É preciso agir e não ficar se entrincheirando, entristecido, acomodado, desmotivado, abatido, decepcionado e frustrado.
Na situação na qual estamos vivendo, não podemos mais ficar parados olhando para o céu, como os discípulos ficaram no dia da Ascensão de Jesus. A vontade clara de Deus para cada de um de nós, como pessoas ou como igreja, é que prossigamos para o alvo, confiantes e abençoados por Deus através de Cristo. E, nesta consciência não busquemos qualquer trincheira, qualquer bivaque, mas marchemos.
A medida que marchamos, a graça de Deus vai se entricheirando em nós, somos convocados para marchar com Ele por um mundo novo. Não fique parado irmão, seja voluntário na Obra de Deus, Levante e Marche! Faça não somente a sua parte. Dê a sua contribuição ao Senhor. Somos chamados para sermos santos, separados para o Senhor, separados para a Obra do Senhor, separados para sermos de Cristo. É necessário que sejamos justos, santo, praticantes do bem e da justiça.
Marchemos então com o Senhor, assumindo nossos papéis de fieis servos do Senhor e agindo como membros do Corpo do Cristo, transmitindo a esta civilização, o amor, a Palavra de Deus, sem medo e levando a verdade de Deus que Cura, Salva e Liberta!
Mesmo que estejamos enfrentando dificuldades, aparentemente insuperável em nosso viver diário, tudo vai se arranjar se procedermos de modo correto. Portanto devemos confiarmos plenamente na vontade de Deus e agirmos de maneira correta, mudará naturalmente o que precisa mudar, possibilitando-nos tomar o rumo certo e descortinar uma nova vida.
Nas horas difíceis, precisamos de alguém para nos ajudar a refletir, organizar as idéias e irmos até Aquele que pode resolver todos os nossos problemas: O Senhor nosso Deus! Você está convidado a buscar hoje esse Deus que nos dá a vitória!
Quando enfrentamos nossos problemas e dificuldades, temos a tendência de lamentar, reclamar, descontrolar o emocional e, quanto mais reclamamos, menos pensamos na solução do problema, e por isso mergulhamos mais e mais nas dificuldades. Ninguém vence problemas reclamando deles, mas apresentando soluções concretas!
Vamos lá irmão! Levante-se e Marche!
Pense: "Nunca ore suplicando cargas mas leves e sim ombros mais fortes" (Phillips Brooks)
Ore: Senhor! Quando deparamos com situações adversas, ficamos ansiosos, temperamentais, preocupados e assim nos abatemos, nos entriceiramos entrestecidos e impotentes. Agora Senhor! Com espírito fortalecido pela Tua graça e Teu amor, Levantarei e Marcharei confiante na vitória e nas Tuas promessas. Promessas de um Deus que nunca falhou e jamais falhará. Em nome de Jesus. Amém!

Ashbell Simonton Rédua .  Pastor Presbiteriano

terça-feira, 9 de agosto de 2011

QUEM TEM SEDE, VENHA!



O ser humano é um ser sedento. Ele sempre está procurando alguma coisa ou alguém para preencher o vazio da sua alma. Toda a sua vida é uma corrida em busca de algo que o complete e o satisfaça.
Todos os tesouros do mundo, todos os prazeres da carne, todas as aventuras da vida não são suficientes para matar a sede da sua alma, pelo contrário, uma vazio maior instalar-se-á dentro de você.
A sede é algo tremendo. Não podemos contornar a sede. Ela não pode ser abafada, negada, adiada. Quando estamos com sede, todos os nossos poros bramam por água. Há uma sofreguidão, há um clamor unânime de todo o nosso ser que se recusa a ser satisfeito a menos que a água nos seja dada. É com este senso de urgência e prioridade que devemos buscar a Deus. É com esta ânsia que devemos clamar por Deus. As torrentes de Deus virão sobre a terra seca. A água descerá sobre os sedentos. O Espírito Santo será derramado sobre aqueles que têm sede de Deus. Oh, que possamos dizer como Davi: a minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!
A nossa sede só pode ser saciada em Jesus Cristo. Jesus sempre está no lugar certo e quer se encontrar com todas as pessoas, também com você. Ele quer se encontrar com aqueles que se sentem desprezados, pequenos, aflitos e sem esperança. Quer se encontrar com todas as pessoas que têm sede, buscam vida plena e abundante.
Sua alma tem necessidade de Deus. Talvez você não tenha consciência disso. Por isso vive fugindo de Deus, tentando inutilmente enganar a sua própria alma. Talvez você não esteja buscando a Deus, tendo apenas uma religiosidade sem vida, sem alegria e sem plenitude. Por isso, o vazio continua instalado em seu peito. Hoje, eu quero bradar ao seu coração: não tente mais fugir, não crie justificativas para viver longe de Deus.
Jesus diz que é somente nEle que encontramos e recebemos de graça o perdão dos pecados, esperança, o amor divino e a vida eterna. Busque somente a Ele. Em meio a tantas “fontes” falsas e enganosas que hoje são apresentadas, saiba que fonte da água viva é só uma: Jesus! Busque e você encontrará. É Ele mesmo que promete. E como podemos buscar esta fonte? Inicie tomando o firme propósito de participar do culto em sua Igreja e ali ouvir a Palavra de Deus. Peça ao Senhor para que Ele te ajude a acolher sua palavra com fé e obediência. Procure ser mais ativo em sua Igreja, e ali você vai ser encontrado por Cristo, a fonte da água da vida. Ele mesmo vai renovar dia a dia a sua fé, esperança e amor. Coloque-se a serviço de Cristo ajudando outras pessoas sedentas a chegarem e poderem saciar a sua sede.
Pense: "Os aflitos e necessitados buscam águas, e não há, e a sua língua se seca de sede; eu o SENHOR os ouvirei, eu, o Deus de Israel não os desampararei”. Isaías 41:17
Ore: Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água. Sacia a sede do meu coração no nome de Jesus Cristo. Amém!

Rev. Ashbell Simonton Rédua

sábado, 6 de agosto de 2011

Extraido do livro “Surpreendido pela Esperança” de Wright (2009, p. 90-91)


[...] Estou convencido de que o clima de ceticismo que, nos últimos duzentos anos, contribuiu para tornar fora de moda ou até mesmo constrangedora a idéia de que a ressurreição de Jesus realmente aconteceu, nunca foi, da mesma forma que não é agora, algo neutro, sociológica ou politicamente. O “golpe de estado” intelectual, promovido pelo Iluminismo, convenceu muita gente de que os “mortos não ressuscitam,” como se isso fosse uma idéia nova, e não uma simples reafirmação daquilo que Homero e Équilo já admitiram como certo. Outras propostas iluministas juntaram-se a esta, principalmente aquela que crê que agora que chegamos à maturidade, não precisamos mais de Deus, e podemos dirigir o mundo da forma que quisermos, usufruindo dele para o nosso próprio benefício, sem interferência externa. Nesse sentido, os totalitarismos do último século não passaram de manifestações variadas de um totalitarismo cultural mais amplo, contra o qual a pós-modernidade tem, agora, acertadamente se rebelado. Quem, principalmente não queria que os mortos ressuscitassem? Não apenas o pequeno grupo de intelectuais ou racionalistas, mas aqueles que estavam no poder, os tiranos sociais e intelectuais; os césares que se sentiam ameaçados por um Senhor que havia derrotado a última arma dos tiramos, a própria morte; os Herodes que ficaram apavorados diante da confirmação que Jesus era o verdadeiro rei dos Judeus. Neste ponto, a crença na ressurreição de Jesus, de repente, deixa de ser um questionamento sobre um estranho evento ocorrido no primeiro século para se tornar uma questão da redescoberta da esperança do século 20. A esperança nasce com a descoberta de que uma visão de mundo diferente é possível, uma visão na qual os ricos, os poderosos e os inescrupulosos não terão, afinal, a última palavra. A mudança de visão de mundo requerida pela ressurreição de Jesus também nos capacitará a transformar o mundo.
Oscar Wilde, em sua peça Salomé, expõe essa verdade claramente na cena em que Herodes recebe a notícia de que Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos.
“Ele não pode fazer isso”, diz Herodes. “Eu o proíbo de fazer isso. Não permito que homem algum ressuscite dentre os mortos. Achem esse homem e digam a ele que eu o proíbo de ressuscitar dentre os mortos.”
Observe a fúria do tirano ao sentir que seu poder está sendo ameaçado. É a mesma fúria que vemos nos políticos que querem governar o mundo em benefício próprio, e nas tradições intelectuais que seguem esse mesmo caminho.
A cena seguinte, no entanto, é a mais contundente, tanto para nós como para Herodes. “Onde está esse homem”, pergunta Herodes. “Ele está em toda parte, meu senhor”, responde o centurião, “mas é difícil encontrá-lo”.